''Minha denúncia, caros vereadores, não é sobre a viabilidade da minha gestação, nem sobre a conduta do obstetra, que foi perfeita. É sobre a falha no atendimento da emergencista", explicou Francine Bossardi
FOTO: LETÍCIA DE MILMA | COMUNICAÇÃO CÂMARA DE VEREADORES DE GRAMADO
A Tribuna do Povo da sessão ordinária da segunda-feira, 23 de outubro, na Câmara de Vereadores de Gramado, contou com um depoimento emocionado da gramadense Francine Bossardi (FOTO) relatando seu caso de perda gestacional e
as complicações de saúde que teve
ao procurar atendimento médico no
Hospital Arcanjo São Miguel (HASM).
No relato, Francine denunciou uma negligência no atendimento médico que
quase resultou em sua morte.
Ela procurou a casa de saúde gramadense com sintomas graves, mas foi inicialmente, segundo ela, mal diagnosticada por uma emergencista.
Após uma demora crucial, um obstetra identificou a gravidade da situação
e realizou uma cirurgia de emergência, salvando sua vida por pouco.
Francine enfatizou as falhas nos protocolos de atendimento a gestantes,
incluindo a falta de ecografia 24 horas e de plantão obstétrico
presencial.
Ela destacou a lei estadual que exige procedimentos
específicos para casos de perda gestacional e pediu apoio dos vereadores
para garantir a aplicação eficaz desses protocolos, visando evitar que
outras mulheres passem pelo mesmo sofrimento, podendo até mesmo perder a
vida.
“Minha denúncia, caros vereadores, não é sobre a viabilidade da minha
gestação, nem sobre a conduta do obstetra, que foi perfeita. É sobre a
falha no atendimento da emergencista e, com isso, sobre a falha nos
protocolos de atendimento a gestantes. É sobre a falta de ecografia 24
horas num hospital que é referência não apenas para os moradores de
Gramado, mas também é referência para os mais de 648 mil turistas que
aqui circulam todos os meses. É sobre a falta de plantão obstétrico
presencial” relatou Francine.
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