O Guinness World Records (Livro Guiness dos Recordes), reconheceu e deverá incluir na sua edição de 2023, que os dinossauros mais antigos do mundo podem ter habitado a área chamada de Formação Santa Maria, na Região Central Gaúcha. O livro superou a marca de mais de 100 milhões de cópias vendidas e é um dos mais vendidos da história com direitos autorais, sendo referência para outros livros, séries de televisão para o mundo cultural, científico, educacional, entretenimento, lazer e turístico.
Segundo a publicação, como não é possível datar precisamente os fósseis de dinossauros e seus ancestrais encontrados no mundo, uma maneira de comprovar o local dos dinossauros mais antigos do mundo é verificar a datação científica das rochas onde os fósseis estavam.
Logo, utilizando este método, o local mais antigo conhecido do qual dinossauros foram recuperados até agora é a Formação Santa Maria do Rio Grande do Sul, Brasil, onde os cristais de zircão locais foram radiometricamente datados em até 233,2 milhões de anos, situando-os na idade ladiniana do final do período Triássico (242 a 237 milhões de anos).
O Guinness também cita ainda que outra formação rochosa mais antiga onde há fósseis fica na Argentina, com 231,7 milhões de anos.
Ou seja, uma diferença de 1,5 milhão de anos para a do Rio Grande do Sul.
Portanto, salvo melhor juízo, Santa Maria é o Berço dos Dinossauros, podendo ostentar o título ao lado de outro: Cidade Coração do Rio Grande do Sul.
Parabéns aos pesquisadores e paleontólogos pela iniciativa de buscar apoio da importante publicação.
Convém salientar que algumas iniciativas para valorização e promoção dos achados fósseis, estão sendo utilizadas por muitos profissionais interessados sobre o tema, principalmente no Turismo Paleontológico Sustentável que pode ser Urbano (museus, centros de pesquisas, espaços temáticos) e Rural (sítios autorizados e com visitas controladas).
É assim em todo o mundo, com interação da ciência com a cultura, com a educação ambiental, com o entretenimento e com o Turismo.
No Rio Grande do Sul, pode-se destacar uma série de iniciativas pioneiras para valorizar, promover e transformar as dádivas da natureza – fósseis vegetais e animais – em atrativos para visitas científicas, acadêmicas, culturais como, por exemplo: o “ Concerto para 200 milhões de anos “, realizado em 27/09/1985, com a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM, em Mata, Cidade da Pedra que foi Madeira, quando foi lançada a proposta para a busca do título de Patrimônio Natural da Humanidade.
Além disso, foram editadas Cartilhas de Conscientização Turística para Santa Maria e Mata (1985,1986, com reedições).
Em 1988, foi lançado o primeiro roteiro cultural, científico, paleontológico e paleobotânico do Brasil, incluindo no Turismo Ecológico, criado pela Embratur.
Foi a primeira inciativa do Turismo Paleontológico no país.
Em 2001, foi criado o Espaço Temático DinoTchê, na Vila Belga, em Santa Maria, com réplicas, maquete, painéis, livro infantil, revista em quadrinhos, músicas temáticas, folhetos ilustrativos que já utilizavam o lema: Santa Maria, o Berço dos Dinossauros. Em 2005, foi criada a Rota Paleontológica.
Em 2010, o CAPPA Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica foi incorporado à UFSM.
Em 2013, foi promovido o Roteiro “Conhecendo os Fósseis do Triássico” durante a Copa FIFA 2014.
Em 2018,,foi realizado o Tombamento do Jardim Paleobotânico de Mata.
As pesquisas continuam.
Entretanto, ainda faltam novos empreendimentos temáticos, preferencialmente “in situ” (no local próximo aos sítios dos fósseis) para aumentar os fluxos de visitantes.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
*Textos e podcasts em:
www.cidadedegramadoonline www.peloscaminhosdoriogrande.com.br www.abdonbarrettofilho.com.br
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