*Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social
Os atrativos turísticos são infinitos.
Em qualquer lugar do planeta podem existir aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços capazes de atraírem visitantes.
Existem atrativos turísticos que praticamente influenciam as escolhas dos Destinos Turísticos no Brasil e no exterior.
Existem pessoas que sonham e economizam para realizarem suas viagens, assim como, outras pessoas que incluem nos seus orçamentos domésticos as viagens na equação do consumo do tempo livre.
Entretanto, a Oferta Turística é maior do que a Demanda Turística. Logo, salvo melhor juízo, a estruturação do Produto Turístico, que é o somatório dos aspectos capazes de atraírem visitantes, devem ser respeitados, saindo do “poderia “, “deveria “para a realidade do mercado.
Algumas perguntas são fundamentais: O Produto Turístico que estamos estruturando vai atender qual mercado turístico? Qual Segmento do Mercado Turístico ou nicho? Estão comprovados os fracassos dos famosos Planejamentos infinitos que ignoram a soberania do consumidor turístico.
Convém salientar que os principais problemas econômicos são: O que e quanto produzir: quais os tipos de bens e/ou serviços que terão de ser produzidos; como produzir: às escolhas das tecnologias e técnicas que serão utilizada na produção; para quem produzir: os bens e/ou serviços são destinadas a qual público? No caso do Turismo, como será composta a Demanda Turística: são os moradores do local, excursionistas da região, turistas nacionais e/ou internacionais?
Existem exemplos de hotéis que foram construídos em locais que não existem fluxos de visitantes, assim como, atrativos turísticos sem infraestrutura, desde dos acessos, transportes, meios de hospedagem, serviços receptivos, entre outros que garantam o ir e vir de cada visitante.
Também são criados rotas e roteiros que não interessam aos visitantes.
Mesmo com as melhores intenções, são erros primários de neófitos que criam falsas expectativas com atrativos turísticos para atenderem seus egos e sem percepções comerciais.
Faltam estudos da Demanda Turística: origens dos visitantes, motivações de viagens, meios de transportes utilizados, expectativas de consumo no local, entre outros equipamentos e serviços.
Na realidade, estruturar a Oferta Turística deve ter continuação na qualificação dos serviços, na promoção e divulgação dos seus aspectos, no apoio à comercialização e na avaliação constante das preferências reveladas dos visitantes.
Sem a sequência apresentada, os riscos dos investimentos são maiores, porque são tantas opções e tantas motivações existentes no mercado turístico que as decepções e ilusões podem surgir. Como toda atividade econômica, o fenômeno turístico, deve ser tratado profissionalmente, com equipe multidisciplinar, no Planejamento, na Organização, na Direção e no Controle das operações.
Infelizmente, alguns ignoram.
Será?
Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões.
Podem ser úteis.
Pensem nisso.
Textos e podcasts em www.cidadedegramadoonline.com.br, www.peloscaminhosdoriogrande.com.br e www.abdonbarrettofilho.com.br .
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