*POR: VOLTENCIR FLECK | RADIALISTA E JORNALISTA
FOTOS: *JORNAL DE GRAMADO | ARQUIVO 1995
Embraer Sertanejo (FOTO) ficou totalmente destruído, em um terreno no Bairro Três Pinheiros, próximo do Km 39 da ERS-115
A tragédia que vitimou dez pessoas de uma mesma família na manhã de domingo, 22 de dezembro, em Gramado, não foi o único desastre aéreo vivenciado por moradores gramadenses, canelenses e turistas.
Há 29 anos, uma colisão entre duas aeronaves, foi maior acidente registrado na época em território gaúcho até o ocorrido no final de ano deste fatídico 2024 para o povo que vive no Rio Grande do Sul.
Ninguém me contou, infelizmente acompanhei aquele momento, eu escrevi sobre aquela tragédia.
Na tarde ensolarada de domingo, 22 de outubro de 1995, por volta das 16h30min, ocorreu uma tragédia que abalou não apenas Gramado e Canela, mas o Brasil e o mundo, quando dois aviões de pequeno porte - um Embraer Sertanejo e um Cessna 172 - após participarem de um campeonato de pouso em homenagem ao Dia da Aviação (23 de outubro) , se chocaram no ar causando a morte de nove pessoas, deixando apenas uma sobrevivente: Camila Atayde Martins, na época com 12 anos (hoje com 41 anos) , passageira do Cessna que caiu em um lago, onde foi resgatada e encaminhada, com ferimentos leves, ao Hospital Arcanjo São Miguel de Gramado.
Cessna 172 (FOTO), caiu no lago de uma propriedade rural do município, na região conhecida como estrada da Tapera
Uma das aeronaves - que naquele momento faziam vôos panorâmicos sobre Gramado e Canela, caiu no lago de uma propriedade rural do município, na região conhecida como estrada da Tapera (próximo de onde hoje temos a perimetral que liga o Bairro Casagrande - ERS 235, com a ERS-115).
A outra chocou-se contra o solo e foi totalmente destruída, em um terreno no Bairro Três Pinheiros, próximo do Km 39 da ERS-115.
A delegada-chefe da Polícia Civil de Gramado era a Dra. Rachel Vasconcelos Dornelles, comentou que testemunhas do acidente afirmaram que a causa pode ter sido o Sol, que teria atrapalhado a visão de um dos pilotos, fazendo com que os dois aviões colidissem em pleno ar.
As vítimas residiam em Canela e Novo Hamburgo.
Morreram o piloto do Cessna, Luís Hoffmann, e os passageiros Marcos Atayde e Lúcio Parmegiani, e o piloto do Sertanejo, Adriano Dalla Santa, e os passageiros César Augusto Scheffer, Dinamara Souza Dias, Emiliano Becker, Henrique Souza Dias e Sérgio Fogaça.
IMAGEM ILUSTRATIVA
Este trágico acontecimento e o resgate de Camila tornou-se livro , lançado em 1996 com o título: Camila, a sobrevivente, e seu tio herói - com autoria de Fidélis Dalcin Barbosa e Ottília Eltz Atayde (IMAGEM AO LADO).
FOTOS DAS AERONAVES:
Arquivo do Jornal de Gramado, na época administrado pelo jornalista Gilberto Michaelsen.
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